O reajuste médio na conta de luz para os clientes residenciais ficou em torno de 11,35% em 2022, segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Em pelo menos nove distribuidoras, principalmente no Norte e Nordeste brasileiro, o reajuste foi igual ou superior a 20%. Mas para 2023, a previsão da ANEEL é que o reajuste deve ficar em torno de 5,6% em média.
A ANEEL é a responsável por calcular o reajuste da tarifa de energia, levando em conta os custos, os encargos, os efeitos financeiros e as medidas mitigadoras. Diretores da Agência estiveram reunidos com a equipe de transição de governo e informaram que ainda não concluíram as simulações do cenário tarifário para 2023.
O preço da energia é composto por uma série de fatores, e para 2023 não há previsão de alta em parte desses custos. Alguns desses fatores são a redução da tarifa de Itaipu, devido ao fim do pagamento da dívida feita para construção da usina e a manutenção do teto de 18% para alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), aprovado pelo Congresso Nacional, além da possibilidade da mudança na base de cálculo do imposto estadual para retirar alguns componentes tarifários.
No relatório apresentado, a ANEEL destacou que os percentuais de reajuste dependem de premissas que podem ser alteradas até a homologação dos processos tarifários. “A ANEEL apresentou durante o encontro um panorama das principais questões em discussão no setor elétrico, relativas aos segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização, além dos temas que estão atualmente em debate que merecem maior atenção da equipe de transição”, informou a agência, por meio de nota divulgada à Imprensa.
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