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Bandeira de escassez hídrica vai deixar conta de luz mais cara

Atualizado: 20 de set. de 2021

Mas o consumidor pode ter desconto se souber economizar energia



Se o consumidor souber economizar poderá ter descontos na conta de energia


A bandeira de escassez hídrica vai deixar a conta de luz mais cara, em média, com aumento de 6,78%. O anúncio da criação de uma nova bandeira tarifária acontece em razão da crise hídrica, a pior dos últimos 90 anos. A taxa tem o valor de R$ 14,20 por cada 100 kWh consumido e ficará em vigor até o final de abril de 2022.


O novo valor representa um aumento de 49,6%, ou de R$ 4,71 em relação à atual bandeira vermelha patamar 2 (de R$ 9,49 por 100 kWh), que estava sendo aplicada à conta de luz.


Bônus


Em média, uma família brasileira consome 163 quilowatts-hora mensais, o que equivale a R$ 139,26. Porém se essa família conseguir economizar 20%, por exemplo, ganharia um bônus e pagaria 36% menos. Além dos 130,4 kWh, ela receberia um bônus sobre os 32,6 kWh economizados e pagaria R$ 88,43.


A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério de Minas e Energia anunciaram a criação de um programa para estimular os consumidores a diminuir o consumo de energia em meio à crise hídrica. A iniciativa já está valendo desde o dia 1º de setembro de 2021. O cenário de escassez hídrica atual é a pior dos últimos 90 anos.


A economia refere-se à comparação de consumo dos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o consumidor não terá que procurar as faturas de 2020 para fazer o cálculo. As distribuidoras irão publicar na conta de luz o valor de referência.


Desconto de 50 centavos


O desconto será de 50 centavos por kWh. Ou seja: para quem conseguir economizar 100 kWh, o desconto será de R$ 50,00. Isso significa R$ 0,50 a cada kWh reduzido. Para receber o prêmio, é necessário diminuir ao menos 10% do consumo nesses quatro meses restantes de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. O desconto será limitado a 20%, mesmo que a economia seja maior. A medida vai durar até dezembro deste ano e pode ser prolongada de acordo com a demanda do setor.


De acordo com o Ministério de Minas e Energia, esse programa irá custar cerca de R$ 339 milhões por mês. O financiamento do bônus passou por um impasse, já que o Ministério da Economia não aceitou abrir crédito extraordinário para bancar o programa. O valor será pago por meio de uma taxa específica na conta, chamada de Encargos de Serviço do Sistema (ESS). “Todos os custos são pagos pelos consumidores”, afirmou o diretor da ANEEL, André Pepitone.


O consumidor que economizar energia terá um aparte desse valor devolvido na conta de luz, mas apenas a sua economia individual, e a um valor mais baixo do que aquele que ele efetivamente pagou.



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